17 julho 2012

Moções Proféticas - O Carpinteiro





"As cidades ou as regiões adquirem fama, pelas suas manifestações religiosas, seu folclore, culinária, modo de falar. Algumas ficam conhecidas pelo jeito de ser de seu povo, gente expansiva ou reservada, com cartas “guardadas na manga” para serem jogadas em tempo oportuno. Há lugares, como Nazaré, onde viveu Jesus com Maria e José, que ficaram conhecidos como terra de gente brava e até revoltada. Qualquer provocação servia para um levante, tanto que Jesus, conhecido como Nazareno, suscitava desconfiança em muitas pessoas, também porque as tradições não esperavam que pudesse vir da Galileia algum profeta. Pode acontecer também entre nós, pela avalanche de violência aliada à impunidade corrente, que se reforce a pecha de sermos hoje uma das áreas perigosas do país. Não é difícil perceber como contribuímos para isso, pela facilidade com que classificamos áreas de nossa região metropolitana como “vermelhas” ou perigosas, vendo em cada desconhecido uma ameaça.
A Igreja quer enfrentar com as armas do Evangelho todas as situações desafiadoras, vencendo por amor e com amor, penetrando em todos os ambientes e superando preconceitos. Nosso projeto de Evangelização quer alcançar os que estão afastados da Igreja ou se sentem distantes, constituindo novas Comunidades de fé nos lugares mais difíceis. Mais do que as eventuais estatísticas, interessa-nos dizer que todos são amados por Deus e candidatos à vida plena e à salvação, não nos sendo lícito arrefecer diante dos obstáculos. Vale a pena abrir os olhos e verificar como o espírito missionário já envolve muitos sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, pessoas dedicadas a Deus e, mais ainda, uma enorme quantidade de cristãos leigos e leigas. Vamos chegar lá, contagiando muita gente com a unção missionária.
E os Bispos da Região Amazônica, reunidos nesta semana em Santarém, renovaram suas disposições missionárias, para que a boa nova alcance a todos em todos os rincões de nossa terra. Saíram de lá com renovado entusiasmo a ser comunicado a todo o povo de Deus.
Voltando a Nazaré, ali Jesus ficou conhecido como carpinteiro, pois havia apreendido de São José este ofício tão digno quanto importante (Mc 6,1-6). Parece até que carpinteiro era mais do que o oficial das mesas ou cadeiras, mas um daqueles homens que sabiam fazer de tudo na construção de uma casa. Ainda se encontram pessoas assim por aí, com admirável conhecimento prático, de olhar profundo e prudência, calma no trabalho, poucas palavras e muita ação. Dá para pensar no Pai do Céu, contemplando a beleza e a bondade da criação, como descreve o livro do Gênesis.
Sendo Jesus homem verdadeiro e Deus verdadeiro, tudo o que realizava envolvia a totalidade da vida humana, sem excluir qualquer área dos sentimentos e das aspirações das pessoas, tanto que ninguém passava em vão ao seu lado. Ele que fazia bem todas as coisas. E era o Carpinteiro de Nazaré! Aproximar-se dele é descobrir o seu segredo, pois o Carpinteiro é Profeta, é Messias, é Salvador.
Ter contato com Jesus Cristo é contemplá-lo na fé, apurando nosso sentido sobrenatural, a fim de que a salvação seja acolhida e nossa vida transformada. Nele, aprendemos a olhar também em torno a nós, para valorizar os pequenos gestos e as pessoas que conosco convivem. Há um grito surdo pela valorização das pessoas, na superação de desconfianças e medos. É urgente dar nome de dignidade às pessoas que transbordam simplicidade e com ela a sabedoria. Elas estão aí, bem perto de nós. Muitas constroem frases quase ingênuas, que alguns pensam ser sabedoria de para-choque de caminhão! Outras sabem dar respostas precisas, ou sabem ouvir e prestar atenção como ninguém, para tudo guardar num coração bom e puro.
Sabemos que quem segue Jesus, independente de sua condição social, idade ou cultura, passa a fazer parte do evangelho, da história de Deus. Se o próprio Senhor teve dificuldades com alguns grupos, como os habitantes de Nazaré, onde ele se tinha criado (Mc 6,1-6), sabemos que ele inicia uma nova família, destinada a edificar um novo mundo (Mc 3,13-6,13), na superação das distâncias entre as pessoas, formada por quem quer realizar a vontade do Pai (Mc 3,35). Os discípulos de ontem e de hoje têm a missão de estar com Jesus e ser enviados por ele, como companheiros de missão, na luta contra o mal.
Ao tornar-se simples e competente carpinteiro em Nazaré, o Salvador entrou nas estruturas humanas para transformá-las. A liturgia nos faz reconhecer que pela humilhação do Filho amado, o Pai reergueu o mundo decaído (Cf. Oração do XIV Domingo Comum). Ele ocupou todos os espaços humanos com sua presença redentora. Tal constatação de fé nos permite acolher o dom da alegria nesta terra e almejar as alegrias eternas."
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém/PA
Assessor eclesiástico da RCCBRASIL

11 julho 2012

SERVIR A DEUS COM ALEGRIA!


Amado irmão e irmã, queria começar esta pregação pedindo que você buscasse  em seu coração, fizesse uma retrospectiva do que você tem feito pra Deus, do que você tem feito pra edificar o Reino dos céus, Reino esse amado(a), que o Senhor Deus tem preparado com tanto amor e carinho pra você.
Amado(a), com isso no seu coração eu quero falar de um grande apóstolo, um grande anunciador de Jesus, uma pessoa que sofreu por Jesus, que anunciou e perseverou até o fim por Jesus, quero falar um pouco pra você sobre o apóstolo Paulo.
Meu irmão(ã), Paulo era um cidadão judeu que perseguia os Cristãos, perseguia aqueles que já tinham tido um encontro com Jesus, e anunciava Jesus, certo dia, Paulo pediu carta de recomendação aos sumos sacerdotes para ir até Damasco, prender e levar para Jerusalém todos aqueles que pregavam sobre Jesus nas sinagogas, o que Paulo não sabia amado, é que no meio do caminho iria se deparar com uma luz vinda do céu, uma luz tão forte que o deixou cego,foi um impacto, uma trombada com Deus amado(a), ao cair por terra, ouviu uma voz que lhe perguntava " Saulo,Saulo porquê Me persegues?" Atos 9, 4 ( Saulo era o nome de batismo de Paulo ), ao perguntar de quem era a voz Jesus lhe respondeu: " Eu sou Jesus, a quem você está perseguindo", nisso Jesus mandou Paulo terminar a viagem e entrar na cidade.
Jesus então usou do apóstolo Ananias para evangelizar Paulo, Ananias confuso com toda situação, perguntou ao Senhor se não era este o homem que perseguia os Cristãos, e Jesus respondeu que sim, porém Paulo, era o homem escolhido para anunciar aos pagãos o Nome de Jesus, e também que iria mostrar a Paulo, o quanto ele deveria sofrer pelo Nome de Jesus.Ananias foi até Paulo, evangelizou ele, que depois de alguns dias já saiu de Damasco pregando sobre Jesus, e confundindo muitos que já haviam visto Paulo perseguir os anunciadores de Cristo.
Amado(a) perceba que Jesus em momento algum fala que o caminho é fácil, muito pelo contrário, em Marcos 8, 34-35 a Palavra de Deus diz: "Então Jesus chamou a multidão e os discípulos.E disse: "se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, TOME SUA CRUZ E SIGA-ME.Pois quem quiser salvar sua vida irá perde-la, mais quem perde a sua vida por causa de mim e da Boa Notícia, vai salvá-la."
E em Atos 9, 16 "Eu vou mostrar a Saulo, quanto ele deve sofrer por causa de meu nome".
Porem amado(a), primeiramente se você está sendo perseguido por estar no caminho de Deus, por estar servindo ao Senhor, veja o que Jesus fala a Paulo "Porque ME  persegues?", amado(a) irmão(ã), Jesus não pergunta 'Porque persegues meu povo, Jesus pergunta porque ME persegues?, Então querido acredite que não estão perseguindo a você, estão perseguindo ao próprio cristo, que está com você, está do seu lado...
Meu querido(a), talvez você esteja reclamando das dificuldades que esta passando, seja na sua família, na sua situação financeira, no seu namoro, na sua afetividade, na sua sexualidade, nas suas amizades, não sei qual o seu problema ou como se encontra seu coração meu irmão(a), mais Deus também diz: " Eu amei você com amor eterno, por isso conservei o meu amor por você" Jeremias 31, 3, e baseado na Palavra de Deus amado(a), em nome de Jesus eu falo pra você hoje, Deus quer fazer de você um apóstolo com Paulo, isso mesmo irmão(a) Deus quer te levantar, converter você assim como fez com Paulo que serviu a Jesus com tanto amor e ALEGRIA, ao ponto de estar preso, e escrever cartas aos povos, anunciando Jesus, Paulo cantava hinos ao Senhor mesmo preso, dizia Paulo " Pois para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro" Filipenses 1, 21.Amado decida-se por Jesus assim como Paulo, neste impacto que teve com o Senhor se decidiu, " Entretanto,qualquer que seja o ponto a que chegamos, caminhemos decididamente na mesma direção" Filipenses 3, 16.Sirva o Senhor Jesus com alegria, deixe de lado o comodismo, o medo, a preguiça, e tenha fé, tenha fé pra enfrentar as provações amado(a), é necessário passar por elas para chegarmos ao Reino dos céus, assim como diz a Palavra de Deus, "Feliz o homem que suporta com paciência a provação!Porque uma vez provado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aqueles que o amam." Tiago 1, 12.
Pra encerrar amado(a) quero lembrar de umas frase de João Paulo II que ao ser questionado sobre abandonar sua missão devido sua saúde já estar debilitada, respondeu: " Jesus só desceu da cruz depois de morto".Isso é servir o Senhor com alegria meu irmão(ã)!!
Convido você a ouvir esta musica ( Viver pra mim é Cristo ), e entregue suas dificuldades ao Senhor que Ele aliviará você e te dará toda força para seguir em frente, decididamente até o fim.Persevere irmão(a), não desanime, não desista..Deus está com você, te ama incondicionalmente.

Que Deus abençoe cada um de vocês, que Jesus de forças e alivie seus fardos, que o Manto Sagrado da Mãe Maria esteja sobre você e sua família, e que o fogo do Espirito Santo aqueça seu coração na caminhada com Cristo.

Por tudo isso que o Senhor Deus tem feito, rendemos Glorias ao Pai, ao Filho e ao Espirito Santo, como era no principio agora e sempre, Amém! 

Louvado Seja nosso Senhor Jesus Cristo

Everton Novaes
Coordenador Ministério de Comunicação Social - GO Cristo Vive
Pregador GO Cristo Vive
Membro núcleo diocesano do Ministério de Comunicação Social - Diocese de Maringá-PR

Viver pra mim é Cristo

Pe. Fábio de Melo

Senhor, preciso Te dizer que é impossível me esquecer
Que não estou só nesta batalha entre o bem e o mal
A cada nova experiência, eu Te glorifico mais
Te ter é a maior diferença em mim
Se os bons combates eu não combater
Minha coroa não conquistarei
Se minha carreira eu não completar
De que vale a minha fé tanto guardar
Se perseguido aqui eu não for
Sinceramente um cristão não sou
A Tua glória quero conhecer
Ver a experiência de sobreviver...
Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é ganho
Não há outra questão, quando se é cristão
Não se para de lutar
Triunfarei sobre o mal, conquistarei troféus
Não há outra questão, quando se é cristão
Não se para de lutar... até chegar ao céu
Se calarem o som da minha voz
Em silêncio estarei a orar
Se numa prisão me colocar
Eu vou Te adorar
Se minha família me trair
Eu vou sonhar com Deus
Viver seus planos isso é parte
De uma carreira de cristãos





10 julho 2012

AMIGOS SÃO ANJOS!! VIVA NOSSOS ANJOS, VIVA NOSSOS AMIGOS!


"Os verdadeiros amigos são anjos!
descobri essa irrefutável verdade ao perceber o quanto são raras essas preciosidades que chegam, de repente, na vida da gente e se aloja devagarzinho em local especial e essencial de nossa existência.
No decorrer dos anos, encontramos vários tipos de anjos:
alguns são sonsos, vão se apoderando do nosso carinho como quem não quer nada, até que, quando percebemos, já lhes dedicamos o nosso afeto integral...
Outros são mais atirados, já chegam mostrando claramente com seus olhos sinceros o quanto nossa amizade é importante para eles...
Alguns chegam necessitando de curativos nos ferimentos causados por amigos que não eram anjos...
Outros chegam para sarar nossos próprios ferimentos...
Alguns são leves e divertidos, nos mostram a alegria da vida...
Outros, não menos honestos, nos mostram a serenidade com que a vida deve ser enfrentada...
Alguns tem suas qualidades tão amostra que, a um primeiro olhar, já sabemos a que vieram...
Outros têm essas mesmas qualidades muito bem guardadas e precisamos ir desvendando-as aos poucos...
Alguns esbarram na gente em uma esquina qualquer, sem avisar, e nos dão carinhos reais, sorrisos reais, proteção real...
Outros chegam pela telinha de um micro, msn, facebook, orkut, blog, nos sorrisos de longe, sem rosto, sem forma, sem voz, mais são igualmente anjos...Seus carinhos são telepáticos, mas conseguem nos perceber tristes ou alegres pela fria maquina e nos fazer sentir abraçados, acarinhados, queridos...
Uns não são melhores nem piores que os outros, são apenas diferentes, com suas qualidades que devemos salientar, com seus defeitos que devemos enfrentar, pois quando gostamos, temos compromisso de sermos fiéis até aos defeitos do nosso anjo.
O importante é tentarmos, ao longo de nossas vidas, termos sempre algum anjo com o qual possamos contar nas horas difíceis para nos dar alento, e nas horas alegres para rir com a gente, rir da gente, da vida, enfim...
O IMPORTANTE É TERMOS ANJOS...
O IMPORTANTE É SERMOS ANJOS..."
Que Deus abençoe cada um de vocês, e cada anjo de vocês...
Fiquem com Deus
Autor Desconhecido





08 julho 2012

Saudosa memória do Papa João Paulo II



É com profundo sentimento de saudade que escrevo algumas memórias sobre o nosso pranteado Papa João Paulo II, olhando um pouco a trajetória de sua vida, como nós a conhecemos. 
Ele começa o seu ministério, dizendo que uma das grandes preocupações da Igreja é a humanidade. A Igreja conhece o ser humano e a ele se devota, porque em cada homem e mulher reconhece configurada a beleza da imagem de Deus, assim como Ele os plasmou desde a mais remota origem. 
 Em sua primeira Encíclica, O Redentor da Humanidade, ele nos mostra Jesus solidário com cada pessoa humana; também aborda o valor dessa pessoa, desde sua concepção no seio materno, até seu último respiro. O Papa nos pede para sermos homens e mulheres segundo o plano de Deus e, para isso, é preciso colocar os nossos passos nas pegadas de Jesus, os nossos caminhos devem ser os mesmos, trilhados por Ele, durante os anos em que esteve conosco. Temos que reaprender dEle como ser filhos e filhas de Deus, irmãos e irmãs uns dos outros, graça que nós havíamos perdido pela corrupção do pecado, acontecido na história primigênia.
 João Paulo II era um homem de profundo respeito à natureza humana. Dizia, que não basta ir a Deus pela fé, pois temos a razão, nossa capacidade intelectual que nos permite chegar a Ele, embora Deus sempre venha ao nosso encontro, quando o procuramos, dando-nos a graça. Assim ele ensina em sua Encíclica Fides et Ratio, de 1998: “A fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva para a contemplação da verdade. Foi Deus quem colocou no coração do homem o desejo de conhecer a verdade e, em última análise, de O conhecer a Ele, para que, conhecendo-O e amando-O, possamos chegar também à verdade plena sobre nós mesmos”.  
Em seus pronunciamentos, João Paulo II cunhou uma expressão, que passou a usar oficialmente: a caridade social. Não é promoção humana, não é a caridade da esmola, mas é ajudar o ser humano na situação social em que ele precisa de nós, e sem o nosso socorro jamais poderia se “humanizar”, realizar-se no seu ambiente humano. Naqueles dias que sucederam à sua morte, tivemos a oportunidade de rever alguns de seus discursos, novamente divulgados pelos Meios de Comunicação Social em todo o mundo. Pudemos notar que, em alguns, o Papa falava com tamanha ênfase que parecia estar gritando ao mundo pelo fim das desigualdades, das injustiças sociais que separam povos e nações, do desrespeito à vida indefesa. 
Foi um homem de diálogo com os governos, orientando-os, quando possível, sobre os princípios da justiça e da caridade social. Lutou para acabar com as desigualdades, mas não conseguiu, porque os homens de boa vontade são relativamente poucos. Mas, sempre buscou o entendimento em favor da paz; de fato, passou a ser chamado “O Papa da Paz”. Homem da serenidade e da caridade universal, João Paulo II era contra as guerras. Manifestou-se muitas vezes nesse sentido, como no caso da sua posição contrária à recente Guerra no Iraque, e as reiteradas exortações aos governos árabes e israelense pelo fim das hostilidades na Palestina. 
Esteve mais do que uma vez na ONU, onde fez pronunciamentos marcantes. Na primeira dessas visitas, a China não compareceu por causa do Papa; numa visita posterior, se fez presente por causa do Papa. Isto se confirma pelo fato de que o governo daquele país, pela primeira vez na sua história, deu licença ao povo católico de rezar em público, após a morte do Sumo Pontífice. Esta foi, talvez, a primeira conquista, quase miraculosa, do nosso falecido Papa.
 Ele foi, também, o “Papa dos Jovens”. Sua história de adolescência e juventude foi marcada pela 2ª Guerra Mundial, época em que a dificuldade de sobrevivência levou-o a trabalhar numa fábrica, como pobre operário. Mas também se reunia com grupos de jovens que se dedicavam ao teatro, compondo peças e delas participando. Exercia sobre os jovens uma extraordinária atração, mobilizando milhões deles, nos diversos encontros que convocou: dois milhões e meio em Roma, um milhão e trezentos mil em Paris, desmentindo as expectativas pessimistas da mídia; e ainda, no Canadá, no México e em diversos outros eventos. Planejava ir à Jornada Mundial da Juventude em Colônia, na Alemanha, em agosto próximo. Já não teremos sua presença física, mas certamente a sua personalidade, o seu carinho e o seu pensamento lá se farão sentir, como sempre.
 O amor que o Papa demonstrava por todos os homens, levou-o a visitar o maior número possível de povos. Talvez gostasse de viajar, e nisto nenhum outro se igualou a ele. Percorreu o mundo inteiro como missionário, vencendo o cansaço, provocado pela agenda, sempre sobrecarregada de eventos, e pelas diferenças climáticas desconfortáveis. Aqui no Brasil esteve três vezes. Na primeira viagem, em 1980, visitou as grandes capitais. Voltando em 1991, conheceu cidades menores, mas, nem por isso menos acolhedoras, como Florianópolis, onde tive a alegria de recebê-lo, como Arcebispo local. O Papa gostava muito do Brasil e, especialmente, do Rio de Janeiro, cidade onde esteve na sua terceira visita ao país. Chegou a gracejar dizendo que “se Deus é brasileiro, o Papa pelo menos é carioca”.
João Paulo II soube aproveitar todos os Meios de Comunicação Social. Fez uso da imprensa, do rádio e, principalmente, da televisão. Era um extraordinário comunicador, como poucos houve e há no mundo. Nunca existiu, na história, outro papa que tenha usado tanto a mídia e a técnica da comunicação, que ele dominava com perfeição, a começar pelas próprias Rádio e Televisão Vaticanas. 
Por fim, todos sabemos que ele foi um grande mariólogo; podemos também dizer um “mariófilo”, isto é, amigo de Nossa Senhora, porque ela é Mãe de nosso Salvador, motivo maior das honras que lhe prestamos. Escolhida para isso, concebeu-O em seu seio materno, acompanhou-O passo a passo, nos momentos alegres e tristes, jamais tendo dito “não” a Deus em qualquer circunstância de sua vida. Por isso, quem quiser imitar Jesus mais de perto, melhor exemplo não terá do que seguir os passos de nossa querida Mãe, Maria de Nazaré.
Este foi o Papa que nós tivemos por quase 27 anos no Pontificado. A saudade que sentimos, nos faz lembrar a riqueza de sua pessoa, principalmente, o último exemplo que nos deixou através da doença, a perseverança na missão, quando muitos defendiam  a sua renúncia: “Jesus mostrou a sua maior grandeza no alto da cruz. Ele não desceu da cruz e eu também não vou descer”. Seguindo Jesus, João Paulo II levou a cruz até o último destino, quando entregou sua vida nas mãos do Pai. Como dizia Santa Teresinha: “Morrer é entrar na verdadeira vida”. E esta é a vida pela qual nós lutamos e para a qual nos encaminhamos. Termino com uma frase sobre o Papa, que recentemente ouvi de uma criança: “Ele era tão amigo das crianças, tão amigo como Jesus!” E agora podemos dizer, às crianças e adultos, que temos no céu mais um santo. Sempre será modelo e protetor.

CARDEAL D. EUSÉBIO OSCAR SCHEID
Arcebispo da Arquidiocese do Rio de Janeiro

07 julho 2012

São Pedro e São Paulo





O dia 29 de junho é marcado por uma solenidade muito especial na vida da Igreja, que recorda os dois pilares da fé cristã que, com afinco e dignidade, trabalharam para que nossa fé crescesse e se consolidasse. A solenidade de São Pedro e de São Paulo por razões pastorais, no Brasil, é transferida para o domingo seguinte. Estes apóstolos foram homens de pregação e de testemunho eloquentes, que ensinaram para toda a Igreja um ardor sempre crescente pelas coisas de Deus. A fé de Pedro e o ardor missionário de Paulo são motivos de bendição a Deus, que opera maravilhas na vida de seus santos em favor de todo o gênero humano. Ambos, por causa do Evangelho, ofereceram livremente suas vidas e foram martirizados em Roma. Pedro por crucifixão e Paulo por decapitação.
Pedro recebeu a missão especial de conduzir o rebanho de Cristo, a Igreja. Paulo anuncia a Boa-Nova e proclama às nações a Palavra, manifestando-lhes o Evangelho da Salvação. O anúncio e o pastoreio, em comunhão com os mais profundos ensinamentos de Jesus, fazem da Igreja um sustentáculo vivo de edificação de vidas comprometidas com o Reino de Deus aqui na Terra. A Igreja, como guardiã do "depósito da fé", vê em Pedro e em Paulo anunciadores ímpares e fundamentais para o crescimento da Palavra de Deus no mundo inteiro. Por esse motivo celebramos, neste dia, o Dia do Papa. O Papa é o sucessor do Apóstolo Pedro e tem a missão de conduzir a Igreja na Verdade, que é Cristo, firmada e alicerçada sempre mais na Palavra de Deus e no Testemunho dos apóstolos.
Portanto, é um dia especial de oração pelo santo padre, o papa Bento XVI, pedindo que Deus o conserve e o ilumine com todas as luzes para bem servir à Igreja e ser sinal para o mundo. Os sofrimentos vividos com serenidade e paz pelo papa Bento XVI são sinais da fortaleza do Espírito Santo em sua vida. A Igreja recolhe hoje em todas as missas o “óbolo de São Pedro”, como presente ao santo padre, que ele utiliza para as obras caritativas pelo mundo. 
Pedro e Paulo são considerados "colunas mestras" da Igreja primitiva. Eles são responsáveis, sem dúvida, pelo desenvolvimento da Igreja tal qual aconteceu. Suas personalidades diferentes, mas colocadas a serviço da evangelização, celebradas no mesmo dia, são expressão da natureza da Igreja – comunhão na diversidade. Diversidade de carismas e ministérios e um único Senhor e mestre: Jesus Cristo. Com tudo e com todos, como diria São Paulo, tornar Cristo sempre mais conhecido e amado, seguido e testemunhado. Olhando para este contexto de comunhão na diversidade, é notável o testemunho de assistência do Espírito Santo à sua Igreja. Em cada época e situação ele suscita na Igreja um pontífice, chamado a dar ênfase numa determinada questão de época enfrentada pela Igreja. Cada qual dá seu testemunho e sua colaboração segundo as inspirações do próprio Deus para nós.
Esta solenidade nos ajuda a rezar por toda a Igreja e perceber a presença contínua do Senhor junto dela, ajudando-a a enfrentar as adversidades e as ondas gigantes que selançaram no passado, e ainda hoje, sobre a barca de Pedro, conduzida agora por Bento XVI. A Igreja está edificada sobre a pedra angular, que é Cristo, e por isso mesmo nunca estará só. 
Os apóstolos Pedro e Paulo são modelos de discípulos de Jesus, missionários do Mestre, seguidores do Cristo. A pregação de Pedro, constante e convincente, mostra que Jesus constituiu a sua comunidade a partir de pessoas fracas e simples, pequeninas, revelando que Deus se utiliza dos fracos para confundir os fortes, e assim vai se realizando a história da salvação. Olhando para o exemplo de Pedro e Paulo, rezemos por toda ação missionária da Igreja em nossos tempos, com seus muitos e complexos desafios para a evangelização. Que assim como Pedro e Paulo encontraram caminhos e posturas coerentes para superarem as situações próprias de seu tempo, Bento XVI também os encontre e possa, assim, continuar conduzindo a Igreja de Cristo pelos mares da Contemporaneidade. Que a Igreja leve Cristo a todos e em todas as situações.
Rezemos juntos pelo santo padre o papa: "Ó Deus, que na vossa providência quisestes edificar a vossa Igreja sobre São Pedro, chefe dos apóstolos, fazei que o nosso papa Bento XVI, que constituístes sucessor do apóstolo Pedro, seja para o vosso povo o princípio e o fundamento visível da unidade da fé e da comunhão na caridade. Concedei ao que faz as vezes do Cristo na Terra confirmar na fé seus irmãos para que toda a Igreja se mantenha em comunhão com ele no vínculo da unidade, do amor e da paz até que, em vós, pastor das almas, cheguemos todos à verdade e à vida eterna". Amém! 
Que São Pedro e São Paulo continuem assistindo, com a sua graça e exemplo, ao papa e ao colégio universal dos bispos para testemunhar Cristo Bom Pastor, que guia a Igreja pelo mundo! 
* Dom Orani João Tempesta, cisterciense, é arcebispo do Rio de Janeiro.

Curas Divinas (Parte 6) - A hemorroíssa. Ela que era excluída da sociedade, foi incluída à grande família de Deus, como filha!



Deixa-me contar-lhe uma história que ouvi um dia quando o Verbo estava sepultado:
Satanás guardava a porta do inferno, de repente, o Alfa e o Omega, o Verbo Onipotente de Deus chega. Chegou no Xeol o Príncipe da Paz, O maravilhoso! Como eu gostaria de ver está cena! Quem estava lá? Jesus se aproxima e pergunta:
- O que espera?
Abel responde:
- Espero o sacrifício perfeito.
Jesus viu Henoc e pergunta para ele:
- O que espera?
- Eu estou andando com Deus, não O vejo, não O sinto, e continuo andando com Deus. Pela fé, eu O espero!
Jesus viu um homem de cabelos brancos, era Noé, e perguntou:
- O que espera?
- Espero a arca que me levará ao céu!
Ele viu, então, Abraão:
- Olá amigo de Deus, o que espera?
- Aguardo a cidade cujo arquiteto é Deus!
Ele viu, então, Isaac e perguntou:
- O que espera?
- Espero por Aquele que vi o Seu dia e exultei!
Ele viu, então, Jacó. Ele estava mancando e andava de um lado para o outro:
- O que espera?
- Espero Aquele com o qual lutei até o raiar do dia.
Jesus anda um pouco mais e vê um homem chorando, é Jeremias, o profeta chorão!
- O que espera, Jeremias?
- Espero pelo Bálsamo de Galaad.
Ele encontra, então, Daniel e perguntou:
- O que espera?
- Espero pelo anjo que fechou a boca dos leões!
Viu, então, os três jovens que estavam na fornalha, e perguntou:
- O que esperam?
- Esperamos pelo quarto Homem, que nos salvou da fornalha ardente. Saímos de lá e não havia em nossas roupas nem o cheiro de fumaça!
Viu Malaquias e perguntou:
- O que espera?
- Espero Aquele que traz salvação em suas asas.
Encontrou Isaías e perguntou:
- O que espera?
- Espero por ver o Maravilhoso, Deus forte, Príncipe da Paz, Rosa de Saron, Lírio do vale.
          Jesus, então, exclamou: "Eu Sou o sacrifício perfeito, Aquele que, pelo anjo, fechou a boca dos leões, Sou o quarto Homem, Sou o Bálsamo de Galaad, o Maravilhoso, Deus forte, Príncipe da Paz, Rosa de Saron, Lírio do vale, o Alfa e o Ômega, o Sol Nascente, o Operador de milagres. Eu sou Jesus!" Ele é o vitorioso, o Filho de Deus, Ele pode libertar todo o cativo. Ele tem a solução para o coração mais angustiado, Ele é a alegria para os corações tristes. O Seu nome é Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, aleluia!
          Satanás caiu espatifado ao chão, as chaves caíram de suas mãos. Jesus tomou a chave das mãos do diabo, a chave do pecado, da doença e da morte. Satanás recebe o golpe mortal. Aleluia! O inferno foi saqueado. O céu venceu! O céu é meu!
          Você entende a mulher do fluxo de sangue? Ela ouviu falar de Jesus e foi até Ele, pois Ele é a fonte que jorra do trono! Ela ouviu, e a fé vem do ouvir e ouvir a Palavra de Deus (Rm10,17)! Dizia consigo: "Se tocar ao menos na orla do seu manto, eu serei curada". Ela estava nas trevas e achou o príncipe da Luz. Ela viu a franja da roupa de Jesus e foi. Ela acreditava que bastava um toque no fio de sua roupa, então, ela foi por detrás. Jairo estava junto com Jesus e tinha muita pressa. Porém, ela se atira toda ao chão, se joga, procurando as vestes do Senhor. Ela vê muitas franjas de roupas e pernas, mas o que ela quer mesmo é tocar, ainda que por detrás, a orla do Seu manto. Então, ela tocou em um fio da roupa de Jesus. E Jesus parou, aleluia! Em meio a uma multidão que se aglomerava ao redor do Mestre e seus discípulos, no mesmo instante, o fluxo de sangue cessou e "ela sentiu em seu corpo que estava curada daquela enfermidade". Jesus olhou para trás e exclamou: "Quem me tocou?" Ele sentiu que fora "roubado", sim alguém roubara uma cura Dele! "Quem me tocou?", pergunta o Mestre. Pedro responde: "Mestre, tantos te tocam aqui". As pessoas Te empurram, quase Te jogam ao chão! Mas o Senhor responde: "Alguém me tocou de modo diferente, me tocou com fé!" Não basta tocar o Senhor com as mãos, é preciso tocá-Lo com a fé. Eu imagino Jairo desesperado, com pressa, e Jesus parado procurando quem o havia tocado. A mulher, então, se lança aos pés de Jesus, ela se sente obrigada a contar toda a verdade. Jesus diz a ela: "Filha, tua fé te salvou. Vai em paz, e sê curada do teu mal" (Mc 5,34). Aquela que não podia andar livremente no meio do povo, pois era considerada impura, veio buscar apenas uma cura e recebeu, não só a cura, mas, salvação e paz, e, além disso, foi chamada de filha. Ela, que era excluída da sociedade, foi incluída à grande família de Deus, como filha!
Juninho - Missão IDE.



03 julho 2012

Brasil: Igreja Católica ganhou 5300 padres numa década Número de protestantes passou de 6,6% para 22,2% da população em 30 anos; catolicismo perde fiéis



Brasília, 02 jul 2012 (Ecclesia) – O número de padres católicos passou de 16 772 para 22 119 entre 2000 e 2010, traduzindo um aumento de 5347 sacerdotes, anunciou esta sexta-feira a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Os dados resultam do censo realizado em 2010 pelo organismo de pesquisa religiosa criado pela CNBB, que também manifesta a ampliação do número de paróquias entre 1994 e 2010, crescimento que numa das zonas em que a Igreja Católica divide o Brasil atingiu quase os 50%.
Nas duas maiores regiões em termos populacionais, correspondentes ao Estados de São Paulo (Sul 1) e Minas Gerais e Espírito Santo (Leste 2), o aumento de paróquias foi, respetivamente, de 47% e 36%, indica o estudo do Centro de Estatística e Investigações Sociais (CEIS).
Para o padre e sociólogo José Carlos Pereira, estes números demonstram a “vitalidade da religião católica, por meio de um borbulhar de novas modalidades, ou novas formas de viver a fé católica”.
Os dados indicam “um retorno ao catolicismo dos afastados, mas também uma identificação maior daqueles que já praticavam o catolicismo, mas não se sentiam muito firmes, identificados com a doutrina católica”, observou o sacerdote que colabora com o CEIS.
“Por mais que se diga que houve aumento no número dos que se dizem sem religião, ou que cresceu o interesse e as adesões a novos grupos religiosos e a novas igrejas, a Igreja Católica revela-se ainda mais estruturada e em franca expansão”, vincou.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, pertencente ao Estado, revelou, também na sexta-feira, os resultados do censo demográfico de 2010, que apontam para a queda do número de católicos.
O catolicismo era professado em 1970 por 91,8% da população, percentagem que caiu para 64,6% em 2010, totalizando 123 milhões de pessoas, num universo de 190 milhões.
Os protestantes constituíam 6,6% da população em 1980, enquanto que em 2010 eram 22,2% (42 milhões), reunidos em quase duas dezenas de Igrejas, das quais a mais importante em termos de fiéis é a Assembleia de Deus (12 milhões), seguida pela Evangélica Batista (perto de 4 milhões) e a Congregação Cristã do Brasil (2 milhões).
Segundo as mesmas estatísticas, 15 milhões (8% da população) declaram-se sem religião (mais 0,7% em comparação com o ano 2000) e quase 4 milhões (2%) afirmaram-se espíritas (variação positiva de 0,7%), enquanto que os adeptos de umbanda e candomblé se mantiveram nos 0,3%.
RJM

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