07 julho 2012

São Pedro e São Paulo





O dia 29 de junho é marcado por uma solenidade muito especial na vida da Igreja, que recorda os dois pilares da fé cristã que, com afinco e dignidade, trabalharam para que nossa fé crescesse e se consolidasse. A solenidade de São Pedro e de São Paulo por razões pastorais, no Brasil, é transferida para o domingo seguinte. Estes apóstolos foram homens de pregação e de testemunho eloquentes, que ensinaram para toda a Igreja um ardor sempre crescente pelas coisas de Deus. A fé de Pedro e o ardor missionário de Paulo são motivos de bendição a Deus, que opera maravilhas na vida de seus santos em favor de todo o gênero humano. Ambos, por causa do Evangelho, ofereceram livremente suas vidas e foram martirizados em Roma. Pedro por crucifixão e Paulo por decapitação.
Pedro recebeu a missão especial de conduzir o rebanho de Cristo, a Igreja. Paulo anuncia a Boa-Nova e proclama às nações a Palavra, manifestando-lhes o Evangelho da Salvação. O anúncio e o pastoreio, em comunhão com os mais profundos ensinamentos de Jesus, fazem da Igreja um sustentáculo vivo de edificação de vidas comprometidas com o Reino de Deus aqui na Terra. A Igreja, como guardiã do "depósito da fé", vê em Pedro e em Paulo anunciadores ímpares e fundamentais para o crescimento da Palavra de Deus no mundo inteiro. Por esse motivo celebramos, neste dia, o Dia do Papa. O Papa é o sucessor do Apóstolo Pedro e tem a missão de conduzir a Igreja na Verdade, que é Cristo, firmada e alicerçada sempre mais na Palavra de Deus e no Testemunho dos apóstolos.
Portanto, é um dia especial de oração pelo santo padre, o papa Bento XVI, pedindo que Deus o conserve e o ilumine com todas as luzes para bem servir à Igreja e ser sinal para o mundo. Os sofrimentos vividos com serenidade e paz pelo papa Bento XVI são sinais da fortaleza do Espírito Santo em sua vida. A Igreja recolhe hoje em todas as missas o “óbolo de São Pedro”, como presente ao santo padre, que ele utiliza para as obras caritativas pelo mundo. 
Pedro e Paulo são considerados "colunas mestras" da Igreja primitiva. Eles são responsáveis, sem dúvida, pelo desenvolvimento da Igreja tal qual aconteceu. Suas personalidades diferentes, mas colocadas a serviço da evangelização, celebradas no mesmo dia, são expressão da natureza da Igreja – comunhão na diversidade. Diversidade de carismas e ministérios e um único Senhor e mestre: Jesus Cristo. Com tudo e com todos, como diria São Paulo, tornar Cristo sempre mais conhecido e amado, seguido e testemunhado. Olhando para este contexto de comunhão na diversidade, é notável o testemunho de assistência do Espírito Santo à sua Igreja. Em cada época e situação ele suscita na Igreja um pontífice, chamado a dar ênfase numa determinada questão de época enfrentada pela Igreja. Cada qual dá seu testemunho e sua colaboração segundo as inspirações do próprio Deus para nós.
Esta solenidade nos ajuda a rezar por toda a Igreja e perceber a presença contínua do Senhor junto dela, ajudando-a a enfrentar as adversidades e as ondas gigantes que selançaram no passado, e ainda hoje, sobre a barca de Pedro, conduzida agora por Bento XVI. A Igreja está edificada sobre a pedra angular, que é Cristo, e por isso mesmo nunca estará só. 
Os apóstolos Pedro e Paulo são modelos de discípulos de Jesus, missionários do Mestre, seguidores do Cristo. A pregação de Pedro, constante e convincente, mostra que Jesus constituiu a sua comunidade a partir de pessoas fracas e simples, pequeninas, revelando que Deus se utiliza dos fracos para confundir os fortes, e assim vai se realizando a história da salvação. Olhando para o exemplo de Pedro e Paulo, rezemos por toda ação missionária da Igreja em nossos tempos, com seus muitos e complexos desafios para a evangelização. Que assim como Pedro e Paulo encontraram caminhos e posturas coerentes para superarem as situações próprias de seu tempo, Bento XVI também os encontre e possa, assim, continuar conduzindo a Igreja de Cristo pelos mares da Contemporaneidade. Que a Igreja leve Cristo a todos e em todas as situações.
Rezemos juntos pelo santo padre o papa: "Ó Deus, que na vossa providência quisestes edificar a vossa Igreja sobre São Pedro, chefe dos apóstolos, fazei que o nosso papa Bento XVI, que constituístes sucessor do apóstolo Pedro, seja para o vosso povo o princípio e o fundamento visível da unidade da fé e da comunhão na caridade. Concedei ao que faz as vezes do Cristo na Terra confirmar na fé seus irmãos para que toda a Igreja se mantenha em comunhão com ele no vínculo da unidade, do amor e da paz até que, em vós, pastor das almas, cheguemos todos à verdade e à vida eterna". Amém! 
Que São Pedro e São Paulo continuem assistindo, com a sua graça e exemplo, ao papa e ao colégio universal dos bispos para testemunhar Cristo Bom Pastor, que guia a Igreja pelo mundo! 
* Dom Orani João Tempesta, cisterciense, é arcebispo do Rio de Janeiro.

Curas Divinas (Parte 6) - A hemorroíssa. Ela que era excluída da sociedade, foi incluída à grande família de Deus, como filha!



Deixa-me contar-lhe uma história que ouvi um dia quando o Verbo estava sepultado:
Satanás guardava a porta do inferno, de repente, o Alfa e o Omega, o Verbo Onipotente de Deus chega. Chegou no Xeol o Príncipe da Paz, O maravilhoso! Como eu gostaria de ver está cena! Quem estava lá? Jesus se aproxima e pergunta:
- O que espera?
Abel responde:
- Espero o sacrifício perfeito.
Jesus viu Henoc e pergunta para ele:
- O que espera?
- Eu estou andando com Deus, não O vejo, não O sinto, e continuo andando com Deus. Pela fé, eu O espero!
Jesus viu um homem de cabelos brancos, era Noé, e perguntou:
- O que espera?
- Espero a arca que me levará ao céu!
Ele viu, então, Abraão:
- Olá amigo de Deus, o que espera?
- Aguardo a cidade cujo arquiteto é Deus!
Ele viu, então, Isaac e perguntou:
- O que espera?
- Espero por Aquele que vi o Seu dia e exultei!
Ele viu, então, Jacó. Ele estava mancando e andava de um lado para o outro:
- O que espera?
- Espero Aquele com o qual lutei até o raiar do dia.
Jesus anda um pouco mais e vê um homem chorando, é Jeremias, o profeta chorão!
- O que espera, Jeremias?
- Espero pelo Bálsamo de Galaad.
Ele encontra, então, Daniel e perguntou:
- O que espera?
- Espero pelo anjo que fechou a boca dos leões!
Viu, então, os três jovens que estavam na fornalha, e perguntou:
- O que esperam?
- Esperamos pelo quarto Homem, que nos salvou da fornalha ardente. Saímos de lá e não havia em nossas roupas nem o cheiro de fumaça!
Viu Malaquias e perguntou:
- O que espera?
- Espero Aquele que traz salvação em suas asas.
Encontrou Isaías e perguntou:
- O que espera?
- Espero por ver o Maravilhoso, Deus forte, Príncipe da Paz, Rosa de Saron, Lírio do vale.
          Jesus, então, exclamou: "Eu Sou o sacrifício perfeito, Aquele que, pelo anjo, fechou a boca dos leões, Sou o quarto Homem, Sou o Bálsamo de Galaad, o Maravilhoso, Deus forte, Príncipe da Paz, Rosa de Saron, Lírio do vale, o Alfa e o Ômega, o Sol Nascente, o Operador de milagres. Eu sou Jesus!" Ele é o vitorioso, o Filho de Deus, Ele pode libertar todo o cativo. Ele tem a solução para o coração mais angustiado, Ele é a alegria para os corações tristes. O Seu nome é Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, aleluia!
          Satanás caiu espatifado ao chão, as chaves caíram de suas mãos. Jesus tomou a chave das mãos do diabo, a chave do pecado, da doença e da morte. Satanás recebe o golpe mortal. Aleluia! O inferno foi saqueado. O céu venceu! O céu é meu!
          Você entende a mulher do fluxo de sangue? Ela ouviu falar de Jesus e foi até Ele, pois Ele é a fonte que jorra do trono! Ela ouviu, e a fé vem do ouvir e ouvir a Palavra de Deus (Rm10,17)! Dizia consigo: "Se tocar ao menos na orla do seu manto, eu serei curada". Ela estava nas trevas e achou o príncipe da Luz. Ela viu a franja da roupa de Jesus e foi. Ela acreditava que bastava um toque no fio de sua roupa, então, ela foi por detrás. Jairo estava junto com Jesus e tinha muita pressa. Porém, ela se atira toda ao chão, se joga, procurando as vestes do Senhor. Ela vê muitas franjas de roupas e pernas, mas o que ela quer mesmo é tocar, ainda que por detrás, a orla do Seu manto. Então, ela tocou em um fio da roupa de Jesus. E Jesus parou, aleluia! Em meio a uma multidão que se aglomerava ao redor do Mestre e seus discípulos, no mesmo instante, o fluxo de sangue cessou e "ela sentiu em seu corpo que estava curada daquela enfermidade". Jesus olhou para trás e exclamou: "Quem me tocou?" Ele sentiu que fora "roubado", sim alguém roubara uma cura Dele! "Quem me tocou?", pergunta o Mestre. Pedro responde: "Mestre, tantos te tocam aqui". As pessoas Te empurram, quase Te jogam ao chão! Mas o Senhor responde: "Alguém me tocou de modo diferente, me tocou com fé!" Não basta tocar o Senhor com as mãos, é preciso tocá-Lo com a fé. Eu imagino Jairo desesperado, com pressa, e Jesus parado procurando quem o havia tocado. A mulher, então, se lança aos pés de Jesus, ela se sente obrigada a contar toda a verdade. Jesus diz a ela: "Filha, tua fé te salvou. Vai em paz, e sê curada do teu mal" (Mc 5,34). Aquela que não podia andar livremente no meio do povo, pois era considerada impura, veio buscar apenas uma cura e recebeu, não só a cura, mas, salvação e paz, e, além disso, foi chamada de filha. Ela, que era excluída da sociedade, foi incluída à grande família de Deus, como filha!
Juninho - Missão IDE.



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